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Chiu (som prolongado e baixinho), façam silêncio,
Não se ouvem vozes, não se sentem passos, não se escutam risos, não há choros, não há homens, nem mulheres, não há gente.
Chiu, façam silêncio.

Não, nem pensar (com voz mais firme), este não é o meu mundo, este não é o meu lugar, esta não é a nossa casa, a nossa escola, a minha, a tua família, estes não são os meus, os teus amigos.

A minha, a tua, a nossa escola não é feita de silêncios, mas de sons, de melodias, de sinfonias de mil cores, estampadas nos sorrisos de homens, de mulheres, de crianças, de bebés, de pais e de mães, de filhos e filhas, de avôs e de netos, de família.

Não, não façam silêncio, cantem, dancem, desafinemlutem, sejam fortes, não procurem ser os maiores, mas procurem o melhor de cada um, o melhor do Outro que se faz meu e teu.

Brinquem, sejam felizes. Embalem a vida que corre tão rápido, no amor, na amizade, na ternura dos momentos, nos instantes, nas memórias dos cheiros, dos perfumes, dos aromas, das recordações.

Nesta escola, não há paredes, nem muros, só janelas, pontes, recantos e encantos de vida, da vida que se faz … que se faz de contos, de contas, de pontas de pés, de abraços, de beijos, de afetos…

Nesta escola, de aprendizes, há magia, nas palavras de poetas, escritores, artistas, malabaristas, na estória da História das gentes que já o foram, nos filósofos, matemáticos, desportistas, cientistas, alquimistas…

Sabem, quando envelhecer, ficar velhinha, quando as rugas me cobrirem o rosto e os cabelos ficarem alvos, lembrar-me-ei que um dia, neste dia, fui feliz, fui escola, fui Externato Senhora do Carmo. As pessoas morrem, mas o que fizeram, o que por cá deixaram, o que aprenderam com tantos mestres e com a mestria da vida, permanecerá, tal como esta casa: a casa de um homem e de uma mulher que partilharam um sonho e que se tornou realidade na vida de milhares de outros homens e mulheres.


Somos todos, porque o sentimos: Externato Senhora do Carmo.

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